quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Seminário de Educação - Gramado 2011


No ano passado participei  de um Seminário de Educação em Gramado – RS e nesse aprendi muito com os teóricos. Entre tantas oficinas e palestras, muito escrevi, escutei, anotei, pensei e repensei.
Mas foi com a Profª Palestrante – Laura Monte Serrat através de seus questionamentos me fez pensar e me permitir escrever sobre a seguinte questão:
Se a ação pedagógica tem a ver com conhecimento, porque falamos do caráter afetivo relacional? (energia que nos vincula a realidade)
O conhecimento é facilitado quando estamos bem e com todas as questões corporais em ordem, tanto físicas, psíquicas, orgânicas e emocionais. Esse ocorre a partir das relações que são feitas a partir de trocas, prazerosas pelo que se faz, com os outros sujeitos, mas para que as trocas ocorram, é necessário à construção de limites. E tendo ciência disso, para o entendimento de que só é possível se tentarmos e se não acontece o que queremos, é bom, pois a frustração se faz necessária para sabermos relacionar o que é nosso e o que é do outro, assim percebo que vinculamos a energia do conhecimento com a realidade que vivemos.
Aos poucos fui pensando e escrevendo o meu “achismo” 



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Orgulho de ser professora

Bom dia! Cada dia que passa, tenho mais orgulho de SER professora e não apenas TER escolhido  essa profissão.

Segue palavras da mãe de um ex-aluno meu, do ano de 2009 lá da EMEI Claudy Schaefer - Campo Bom - RS
(Chaiane Lauer) Mãe do Erik Alves

"" Tudo tem seus primeiros passos "dito isso agradeço a você pois iniciou meu filho Erik em um caminho de conhecimento ,que sei breve ainda, mas que já me enche de orgulho.Sabe logo que o Erik começou a pronunciar suas primeiras palavras percebi que Deus tinha me dado um grande presente e com isso uma grande responsabilidade .Sendo assim, faço tudo que está em meu alcance para sempre contribuir com seu crescimento,mas nada adiantaria sem profissionais como vc que não somente fazem o que gostam,mas usam sábiamente o Dom que lhes foi dado.
O Erik vai para o terceiro ano,entusiasmadíssimo.Como puxou pela mãe,(hehehe)está sempre a frente de tudo:ficou em segundo lugar no soletrando,concorrendo com alunos até do quinto ano,líder da feira de ciências,declamando poesias em homenagem a pátria em setembro e em homenagem aos professores.Para concluir está participando ,a convite ,e um curso no Duque para crianças com altas habilidades...que pra ti falar a verdade não sei bem como é ...mas li um pouco disso no teu blog que aliás tá lindo parabéns...tá bom vou parar...tenho pouco estudo mas confesso que as palavras também me atraem...bjks" 

 
Aíiii encontrei uma concorrente nas palavras heheh  to vendo que o Blog vai bombar de palavras esse ano. O Erik sempre foi além do esperado, até hoje comento uma passagem que ocorreu comigo e com ele. ( Logo cedo ele chega e me traz um desenho, presente, feito por ele e como de costume a profe que aqui vos escreve pergunta, ai que lindo é eu e você nesse desenho Erik? É sim profe Aline, mas Erick me responda uma coisa, porque a profe tem uma cabeça tão grande? E ele me olhou com uma carinha de quem não acreditou o porque de eu estar lhe perguntando, colocou as mãos na cintura e disse: - AI PROFE!!!!!!!!!! É porque tu sabe muito né!!!!!!!!!!!!!!!! Nossa eu vou levar comigo para sempre essa cena.
Até hoje tenho esse desenho guardado, vou procurar nas minhas coisas e quando achar coloco ele por aqui.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

No Parcão com o chimarrão



Essa tarde eu e meu marido  fomos até o Parcão aqui de Campo Bom. Por mais que o espaço estivesse repleto de situações, atividades, momentos e pessoas bem diversificadas, foi possível observar tudo o que acontecia por lá.
        Chegamos, abrimos as cadeiras, sentamos e começamos a tomar o bom chimarrão. Escutando, olhando, conversando, comecei a perceber a grande chance de faturamento existente neste lugar.
      Um espaço repleto de gente de todas as idades, desde vovô correndo atrás de seu netinho, ambos descalços, a adolescentes caminhando, promovendo bons hábitos de saúde.
        O chimarrão continua passando de mão a mão, percebo uma pessoa passando em nossa frente com uma garrafa de refrigerante de uva, comentamos entre nós que naquela garrafa a única certeza era de que o líquido era de uva e nada doce, esse sujeito senta próximo a nós, para usufruir do mesmo espaço rodeado por diferenças e faz o seu tempo passar, sentado “no banco da praça”, mas com o vinho na mão, e nós continuando com o nosso chimarrão.
      Atividades ocorrendo, pessoas caminhando, correndo, roupas de cores neutras, coloridas, calçados não apropriados, tênis chamativos, mas apropriados para as atividades físicas, patins, skates e bicicletas.
     Carros vêm e vão, pessoas para cima e para baixo, com barulhos, sons e músicas. De olhos fechados, fiquei para poder ouvir e não apenas escutar e com essa ação foi possível perceber a variedade de fenômenos acústicos que ali ocorriam.
       O chimarrão continua, mas agora com os olhos abertos, acabo por fazer uma comparação, para o Parcão virar praia só faltava o mar. Você deve estar perguntado se estou louca, já respondo que não e lhe explico o porquê disso.
      Com a quantidade de pessoas existentes por lá, brincando na areia, com brinquedos, tomando chimarrão, lendo jornal, andando de bicicleta, caminhando beira rua “mar”, só ficou faltando o mar, mas com isso tudo me vem a ideia de que os vendedores de praia iriam faturar consideravelmente aqui com seus queijinhos, sorvetes e castanhas, ahh, e sem esquecer dos que vendem as roupas e redes, é possível que até esses pudessem fazer a sua féria do dia.
Mas com isso tudo que poderia existir, e não existe, apenas o vendedor de algodão doce que por ali passava é que acabou faturando R$ 2,50 na sua venda casada de um Algodão Doce com um bichinho de balão, o doce acabei por comer,mas o balão não quis não hehe. Saber se essas vendas seriam regularizadas, isso eu não sei, mas que teria gente para comprar isso tudo ahhhh isso teria.
Com a noite chegando, cada vez mais pessoas chegando para usufruir o seu momento de Happy hour , a água do chimarrão começa dar sinal de seu fim, nisso chega um carro e estaciona em nossa frente, nada demais até então, desce 3 pessoas, abrem o porta mala, tiram 1, 2, 3 cadeiras e mais uma caixa de isopor, que nesse momento acabo por supor que estivesse repleto de cervejas, o que depois venho confirmar.
Foi legal de ver, sentir, perceber e ouvir que o Parcão é um espaço bem heterogêneo  de pessoas, atividades, atitudes e gostos, sem falar dos interesses por vinho, cerveja ou água em forma de chimarrão.
E assim, com cadeiras nos braços, cuia e térmica nas mãos, fomos rumos ao nosso lar para mais uma noite na cidade de Campo Bom. (Cidade essa que escolhi para morar)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"Aborrecência": Hora de buscar um lugar ao sol

Jornal Exclusivo Kids, nº 35 – Dezembro 2011
 
http://www.exclusivo.com.br/KidsDigital

“Aborrecência”: hora de buscar um lugar ao sol

O comportamento do público teen é facilmente identificável. Além de estarem sempre on-line, invariavelmente estão confusos, de mal com o mundo e contra seus pais. A psicopedagoga Aline Aguiar de Carvalho (Campo Bom/RS) ressalta que, atualmente, ser teen é estar na moda, buscar todas as possibilidades e facilidades para uma vida corrida, carregada de ações e atitudes.
Para alguns existem obrigações que não condizem com a sua faixa etária, enquanto outros nunca receberam um pedido para fazer qualquer coisa, e assim, acaba-se criando sujeitos que ficam à espera dos outros e só sabem reclamar. “Ser jovem é gostar de tudo, é achar que tudo está maravilhoso, mas ao mesmo tempo é torcer o nariz para tudo, achar que nada lhe é útil. É entrar em contradição com o mundo, afinal todos estão contra ele. É ter a capacidade de mudar o centro de interesse com um piscar de olhos”, define.
Embora muitos saudosistas só enxerguem defeitos nas novas gerações, elas têm muitas virtudes. Para Aline, sua maior virtude é serem conhecedores de um vasto rol de assuntos, afinal, estão sempre conectados. “Se quiserem, são capazes de se posicionar criticamente, pois possuem informação suficiente para embasar uma conversa bem produtiva”, diz. Mas tudo isso, segundo ela, dependerá da forma como forem utilizadas essas informações. Eles podem querer mover o bairro inteiro para tentar salvar os animais de rua, como podem também querer fazer algo não tão legal apenas pelo ato de se sentir o melhor da turma. “Mostram-se bastantes influenciáveis na ação de que: se eu fizer, o que pensarão de mim? Ou: se eu não fizer, vão pensar o quê de mim?”, explica.
Diferenças
Os jovens têm hoje muitos elementos que os diferenciam dos adolescentes de antigamente. Aline coloca-se no lugar dos jovens de antigamente, lembrando que sentavam no muro das casas dos amigos com um grupo enorme, todos querendo se divertir, rir, contar piada, fazer fofoca, começar a pensar em como seria o primeiro beijo, o prato cheio de pipoca com refrigerante, criar clubes, subir em árvore, comentar sobre seus medos e angústias.
Hoje em dia, ela diz que os adolescentes têm a preocupação de estar sempre na moda, de saber o que já fizeram ou o que deixaram de fazer, com quantos saíram, a última cena picante da novela, ou do jogo que acabou de ser lançado. “Os assuntos são diferentes do passado para agora? Não acredito que sejam, porém cada um com intensidades diferentes, onde o que antes era importante, agora não tem nem graça. O que antes era interessante agora já ficou para trás”, enfatiza.
Adultos
Para muitos adultos, lidar com essa faixa etária pode ser extremamente desgastante. Porém, Aline ensina que os adultos precisam compreendê-los para que possam saber onde devem interferir. Não apenas gritar, xingar, colocar de castigo. Eles se sentirão menosprezados e, assim, irão fazer tudo o que quiserem sem se importar com o resultado. Às vezes farão pelo simples fato de mostrar que fazem mesmo estando proibidos.
“Há formas de se chegar ao adolescente, há formas de se mostrar o mundo, formas de oportunizar informações e formas de mostrar o que se fazer com elas”, fala. Mas ela ressalta que não adianta o adulto apenas cobrar dos outros se primeiramente não começar por ele mesmo. “Os adolescentes querem limites, mas para eles perceberem a importância, antes de qualquer coisa, devemos pensar em nós adultos. Estamos preparados para exigir dos outros se, muitas vezes, deixamos de fazer muito que se prega?”, questiona.

(continua a matéria com  outro especialista, no que se refere a consumistas em massa)
As características comportamentais dos jovens refletem-se no seu modo de consumir.
O especialista em marketing e consumo e sócio-diretor da Tekoare Vending e Entretenimento
Corporativo, Claudio Diogo (Curitiba/PR), define os como imediatistas, simplistas, influenciáveis ao extremo,
pois querem produtos que ‘a galera’ também consuma, e volúveis, pois conforme há mudanças da moda, acontece o efeito ‘manada’, ou seja, precisam seguir a moda do grupo a que pertencem. Quase 40% deles no Brasil já recebem mesada e gastam em três grandes grupos: roupas, guloseimas e jogos. Conquistar essa galera no ponto de venda não é nada simples, pois podem mudar de ideia em um piscar de olhos. Diogo diz que as cores e os produtos utilizados por personagens na TV são a linha de maior sucesso hoje no varejo, tanto para crianças – personagens de desenhos – como para adolescentes – personagens de novelas e seriados. Mas ele alerta que também isso pode mudar no apertar do clique do controle remoto. Ou seja, o personagem saiu de cena, os clientes desaparecem. O maior desafio, especialmente com esse público, é a fidelização. O especialista diz que se deve levar em conta que o ciclo de vida dos produtos é muito curto hoje em dia
– nota-se que um celular tem o ciclo de vida esperado entre 2 a 5 meses. “Então, é mais fácil recriar novas marcas, modelos e produtos, todos sob o mesmo guarda-chuva. Atrair este cliente com marcas e atrativos
novos é a solução”, assegura.
Influência
Diogo salienta que o público teen consome moda sob influência da massa. “Tire uma foto da saída de uma escola ou de um show do Justin Bieber, parece uma invasão de clones, todos vestidos iguais”, brinca.
Ele lembra que o consumo pode ser influenciado já na pré-adolescência. “Nos Estados Unidos, as lojas Justice, de moda feminina, constroem o consumo teen com suas tendências de moda e acessórios. A garota que inicia o consumo de acessórios e vestuários pela Justice acaba consumindo num padrão parecido no futuro - e isso ainda não existe aqui no Brasil”, exemplifica. Para ele, no Brasil, ainda é muito incipiente o mercado teen e são poucas as pesquisas de varejo específicas a este público.
Andriy Petrenko/Fotolia.com