quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

No Parcão com o chimarrão



Essa tarde eu e meu marido  fomos até o Parcão aqui de Campo Bom. Por mais que o espaço estivesse repleto de situações, atividades, momentos e pessoas bem diversificadas, foi possível observar tudo o que acontecia por lá.
        Chegamos, abrimos as cadeiras, sentamos e começamos a tomar o bom chimarrão. Escutando, olhando, conversando, comecei a perceber a grande chance de faturamento existente neste lugar.
      Um espaço repleto de gente de todas as idades, desde vovô correndo atrás de seu netinho, ambos descalços, a adolescentes caminhando, promovendo bons hábitos de saúde.
        O chimarrão continua passando de mão a mão, percebo uma pessoa passando em nossa frente com uma garrafa de refrigerante de uva, comentamos entre nós que naquela garrafa a única certeza era de que o líquido era de uva e nada doce, esse sujeito senta próximo a nós, para usufruir do mesmo espaço rodeado por diferenças e faz o seu tempo passar, sentado “no banco da praça”, mas com o vinho na mão, e nós continuando com o nosso chimarrão.
      Atividades ocorrendo, pessoas caminhando, correndo, roupas de cores neutras, coloridas, calçados não apropriados, tênis chamativos, mas apropriados para as atividades físicas, patins, skates e bicicletas.
     Carros vêm e vão, pessoas para cima e para baixo, com barulhos, sons e músicas. De olhos fechados, fiquei para poder ouvir e não apenas escutar e com essa ação foi possível perceber a variedade de fenômenos acústicos que ali ocorriam.
       O chimarrão continua, mas agora com os olhos abertos, acabo por fazer uma comparação, para o Parcão virar praia só faltava o mar. Você deve estar perguntado se estou louca, já respondo que não e lhe explico o porquê disso.
      Com a quantidade de pessoas existentes por lá, brincando na areia, com brinquedos, tomando chimarrão, lendo jornal, andando de bicicleta, caminhando beira rua “mar”, só ficou faltando o mar, mas com isso tudo me vem a ideia de que os vendedores de praia iriam faturar consideravelmente aqui com seus queijinhos, sorvetes e castanhas, ahh, e sem esquecer dos que vendem as roupas e redes, é possível que até esses pudessem fazer a sua féria do dia.
Mas com isso tudo que poderia existir, e não existe, apenas o vendedor de algodão doce que por ali passava é que acabou faturando R$ 2,50 na sua venda casada de um Algodão Doce com um bichinho de balão, o doce acabei por comer,mas o balão não quis não hehe. Saber se essas vendas seriam regularizadas, isso eu não sei, mas que teria gente para comprar isso tudo ahhhh isso teria.
Com a noite chegando, cada vez mais pessoas chegando para usufruir o seu momento de Happy hour , a água do chimarrão começa dar sinal de seu fim, nisso chega um carro e estaciona em nossa frente, nada demais até então, desce 3 pessoas, abrem o porta mala, tiram 1, 2, 3 cadeiras e mais uma caixa de isopor, que nesse momento acabo por supor que estivesse repleto de cervejas, o que depois venho confirmar.
Foi legal de ver, sentir, perceber e ouvir que o Parcão é um espaço bem heterogêneo  de pessoas, atividades, atitudes e gostos, sem falar dos interesses por vinho, cerveja ou água em forma de chimarrão.
E assim, com cadeiras nos braços, cuia e térmica nas mãos, fomos rumos ao nosso lar para mais uma noite na cidade de Campo Bom. (Cidade essa que escolhi para morar)

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